quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Uma saudade viva encontra uma esperança morta
A saudade acende, a esperança está fria
A saudade sente, a esperança é vazia
A saudade quer dançar, quer abraço, música, beijo...
Saudade tira uma canção ao violão, remexe uma fotos, sorri...
A saudade escreve um poema
E chora...
Ela é tão grande e parece tão pequena!
Diante daquela que já não espera...
Então a saudade sozinha se toca
E tenta reanimar a outra
Inerte, sem ação
A saudade é corpo, alma, coração
Já a esperança não sente mais nada
Nem alegria e nem dor
Saudade acha que vai viver pra sempre...
A esperança sabe que morreu de amor.
(Sueli Belmonte) =)
o certo por linhas tortas
Apesar de ziguezaguearem tentando driblar os percalços no caminho do amor, eles seguiam intactos.
Aquilo fatalmente tinha sido feito pra durar...
Eles eram felizes, sim. E estavam loooonge da perfeição que só fazia estragos.
Quando você se torna exatamente aquilo que o outro deseja, o amor acaba.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
SeR
Dê sempre o melhor de si pra quem se ama.
Busque a paz, seja a paz.
Vista o seu sorriso mais lindo, seja gentil e amável.
Plante amor, e se estiver ao seu alcance, corte pela raiz os rancores, desamores, separações...
Tudo retorna para você, então, não pratique o mal, não pense negativo.
Não existe nada pior do que o remorso de não ter sido, de não ter dito, quando ao final as coisas chegam.
Dê sempre o melhor de si pra quem você ama enquanto houver tempo.
Lila Ávila
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Sabe dor?
Se eu contasse dos meus medos, ninguém me entenderia.
Porque as minhas mãos esfriam e a minha força se esvaiPorque a minha voz não sai e as palavras fogem da mente
E sem reação a minha razão parece incoerente
Acusações, mentiras, desconfianças, exposição e.... ÓDIO.
E as nossas juras de amor eterno, para onde fugiram?
Será que foram imaginárias?
Por tanto tempo ensaiei para chegar a ti, tudo milimetricamente.
Seria a pessoa mais feliz quando isso acontecesse
Tantos desencontros, resistência e pouco interesse emanavam de ti
Mas enfim, insisti...
Alguma coisa na minha alma não me desligava de você
Era uma força maior que eu, uma (quase) certeza de que eu deveria persistir
E então, um dia, você, por carência ou acaso,
Resolveu me dar uma chance...
Achei que ali eu permaneceria para sempre.
Ilusão...
Coração machucado por tanto desprezo, foi tão resistente... ou será que lhe faltou amor próprio?
Tanta falta de certeza, tanto medo, tanta cautela
Mil âncoras, meia vela, muita inércia e pouco passo
Porque eu sou um fracasso quando você está por perto...
Tarde da noite e eu ainda anseio que enfim regresse
Trazendo de volta o meu corpo para que eu possa morrer em paz.
sábado, 2 de julho de 2011
2 anos do decifra-me-poesia!! UhUU!
Hoje o meu querido blog completa 2 aninhos de existência. Por pouco eu ia passar sem lembrar desse cantinho tão importante para mim... É que não estou nos meus melhores dias... mas como tudo na vida, passa. =D
Vou postar um texto feito pra mim, em 2005 por um anjo que passou pela minha vida como um cometa, um amigo insubstituível e lindo, mas que por ser tão especial (e ser anjo), Deus o carregou para pertinho Dele muito cedo.
Ele fez dizendo que era para eu nunca esquecer do quanto sou especial e maravilhosa. E acho que é exatamente disso que estou precisando hoje: lembrar-me disso.
Te amo, Gustavo Almeida Rossini. Saudades eternas. ='
Marília
Finda a tarde num carinho dela.
Pois a saudade que eu sentia nem brisa, nem a poesia, nem a lua que surgia me fez esquecer...
És por si, sem intenção e já querendo me envolver
Uma magia feiticeira que me arrasta.
Com olhos que tem a força do revolto mar
Despida de teus pudores, surges,
Marília,
Em meus sonhos
Com aquele beijo doce-sal de me dar prazer (minha flor)
É ela, beleza de todo o infinito universo,
dos mares e rios e cachoeiras encantadas.
Falarei em breves sussurros, de teus encantos, de tua pele flor...
Sem fôlego.
És como um rio caudaloso em mata fechada, virgem flora imaculada. Paixão selvagem que me possui...
Verão. Calor incandescente queimando meu corpo.
Salomé. Em sua dança rítmica, fatal, inebriante.
Ester. De virtudes tantas.
Afrodite, em seus domínios.
Sereia, estrela e serpente.
Ilha mirante do meu mar. Mar infinito de minha ilha. (amo isso)
És... Em teus títulos tantos... Mulher.
Ainda que sem frio ou cólera, nem febril... lhe imploro teu colo.
Em teus cabelos quero me emaranhar... Degustar a tua pele rubra e teu cheiro bom ...
e demarcar com meus beijos cada curva que encontrar. Subir e descer vales e montanhas sem pressa de voltar.
Desconstruindo, assim, em teus beijos, o submundo de mim, (lugar inerte), povoado em (des)valores, dissecando a moral descabida.
Que essa noite não passe... passe só a luz da lua entre teus cabelos.
Para que meus olhos te observem dormir e eu sonhe te ver sorrindo acordada.
Ela não precisa gostar tanto assim de mim
Precisa apenas gostar de ser minha
e de ser MAR,
para "viver-me" e "morrer-me" nela.
Vou postar um texto feito pra mim, em 2005 por um anjo que passou pela minha vida como um cometa, um amigo insubstituível e lindo, mas que por ser tão especial (e ser anjo), Deus o carregou para pertinho Dele muito cedo.
Ele fez dizendo que era para eu nunca esquecer do quanto sou especial e maravilhosa. E acho que é exatamente disso que estou precisando hoje: lembrar-me disso.
Te amo, Gustavo Almeida Rossini. Saudades eternas. ='
Marília
Finda a tarde num carinho dela.
Pois a saudade que eu sentia nem brisa, nem a poesia, nem a lua que surgia me fez esquecer...
És por si, sem intenção e já querendo me envolver
Uma magia feiticeira que me arrasta.
Com olhos que tem a força do revolto mar
Despida de teus pudores, surges,
Marília,
Em meus sonhos
Com aquele beijo doce-sal de me dar prazer (minha flor)
É ela, beleza de todo o infinito universo,
dos mares e rios e cachoeiras encantadas.
Falarei em breves sussurros, de teus encantos, de tua pele flor...
Sem fôlego.
És como um rio caudaloso em mata fechada, virgem flora imaculada. Paixão selvagem que me possui...
Verão. Calor incandescente queimando meu corpo.
Salomé. Em sua dança rítmica, fatal, inebriante.
Ester. De virtudes tantas.
Afrodite, em seus domínios.
Sereia, estrela e serpente.
Ilha mirante do meu mar. Mar infinito de minha ilha. (amo isso)
És... Em teus títulos tantos... Mulher.
Ainda que sem frio ou cólera, nem febril... lhe imploro teu colo.
Em teus cabelos quero me emaranhar... Degustar a tua pele rubra e teu cheiro bom ...
e demarcar com meus beijos cada curva que encontrar. Subir e descer vales e montanhas sem pressa de voltar.
Desconstruindo, assim, em teus beijos, o submundo de mim, (lugar inerte), povoado em (des)valores, dissecando a moral descabida.
Que essa noite não passe... passe só a luz da lua entre teus cabelos.
Para que meus olhos te observem dormir e eu sonhe te ver sorrindo acordada.
Ela não precisa gostar tanto assim de mim
Precisa apenas gostar de ser minha
e de ser MAR,
para "viver-me" e "morrer-me" nela.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
ufa!
Sensações, como são difíceis de serem expressas...
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam, nervos a flor da pele e aquela incerteza latente: ligar ou não ligar? E se ele não lembrar de mim? E se simplesmente me ignorar??? O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona... E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de processos complicadíssimos que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...Não vou desistir, hoje eu vou ligar... Seus dedos tremulam ao digitar os números, código da operadora, 2 números, código da área,+ 2, número do telefone,+ 08 , são doze intermináveis números que ela digita durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”! Quando ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado, ela tira uma força que não sabia que possuía e começa a falar... Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”... Perguntas que vão , respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir...” Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...” respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”, ela nunca havia dito isso com todas as palavras: EU TE AMO! Apesar das atitudes indicaram, os olhos falarem,mas a boca era reprimida...Não conseguia dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosas vividos, essas palavras mágicas... ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... e achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue a muito tempo: sua alma, seu coração e seu corpo... Quanta bobagem... só o tempo e a experiência a deixaram ver isso... Vitória ! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o amava, apesar de um atraso de dez anos, mas isso é detalhe! Ela deixou de dizer, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo??? Agora isso não interessa... Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado... Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, então se despede: “um beijo para ti” e desliga.
Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido! Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar, seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha! Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam, nervos a flor da pele e aquela incerteza latente: ligar ou não ligar? E se ele não lembrar de mim? E se simplesmente me ignorar??? O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona... E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de processos complicadíssimos que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...Não vou desistir, hoje eu vou ligar... Seus dedos tremulam ao digitar os números, código da operadora, 2 números, código da área,+ 2, número do telefone,+ 08 , são doze intermináveis números que ela digita durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”! Quando ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado, ela tira uma força que não sabia que possuía e começa a falar... Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”... Perguntas que vão , respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir...” Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...” respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”, ela nunca havia dito isso com todas as palavras: EU TE AMO! Apesar das atitudes indicaram, os olhos falarem,mas a boca era reprimida...Não conseguia dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosas vividos, essas palavras mágicas... ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... e achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue a muito tempo: sua alma, seu coração e seu corpo... Quanta bobagem... só o tempo e a experiência a deixaram ver isso... Vitória ! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o amava, apesar de um atraso de dez anos, mas isso é detalhe! Ela deixou de dizer, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo??? Agora isso não interessa... Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado... Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, então se despede: “um beijo para ti” e desliga.
Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido! Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar, seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha! Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”
Não era amor...
"Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem sequelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquela pessoa. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR..."
terça-feira, 17 de maio de 2011
"O ser humano só valoriza o amor
quando há perda ou risco de perda... Quase nunca durante sua encantatória vigência.
Descobrir que amar é também
saber amar e transformar a vigência do amor
em vivência de amor, em algo bom,
pelo gosto de viver e não pelo medo de perder,
é sabedoria para poucos enamorados.
Amar é fazer um pacto
de felicidade e não de dor.
Quem porém sabe disso?"
domingo, 15 de maio de 2011
“E agora é tarde, acordo tarde,
do meu lado alguém que eu nem conhecia.
Outra criança adulterada
pelos anos que a pintura escondia...”
(A cruz e a espada- Paulo Ricardo)
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Aos trinta e pouco descobri que me desconheço.
É como se algo em mim, há muito tempo, tivesse parado no tempo, sempre tentando fugir da minha real idade.
É foda assumir, mas sou toda medo.
Medo que me consome durante o dia, e arde à noite, que arrepia.
Medo de criança desamparada, que nunca aprendeu a andar sozinha.
Acendo o meu cigarro sabor cereja, como se quisesse queimar tudo aquilo que me causa dor.
Ausências, angústias, solidão... na minha imaginação vejo tudo virar fumaça.
- Cherry, não adianta! Nesse silêncio noturno ninguém irá te salvar!
Dorme e sonha.
Sonha mais uma vez, que um anjo distraído, ao te ver aí caída, por paixão ou compaixão, irá segurar (firme) a sua mão, e clama:
Sonha mais uma vez, que um anjo distraído, ao te ver aí caída, por paixão ou compaixão, irá segurar (firme) a sua mão, e clama:
- cuida do meu coração!
Quem sabe, um dia, o seu sonho vira realidade?!
às 2:20
sábado, 14 de maio de 2011
"As vezes te odeio por quase
um segundo, depois te amo
mais..." (Herbert Vianna)
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Só você é capaz de me desnortear. Eu gostaria de afirmar isso com um sorriso bobo de felicidade no rosto como faço tantas vezes. Mas nesse exato momento sinto uma angústia terrível, uma vontade de sair sem rumo, de perder a cabeça, de esquecer de você. Você consegue ser o meu céu e o meu inferno. E eu afirmo sem dúvida nenhuma, que é você, exatamente você, o principal responsável por toda essa minha instabilidade emocional. Incrível como você tem o poder de me desmoronar num segundo. Puta que pariu, como isso me faz mal. Fico carente, sabe...? Fico descrente. Sinto todos os meus planos de menina sonhadora, escorrerem entre os dedos. Tudo aquilo que a gente planejou ser, se lembra? Todos os nossos castelos estão agora borrados na tela da vida. Eu sei o quanto custa pintá-los novamente, cada cor, cada detalhe, que a cada recomeço nunca voltam a ser iguais. Eu só queria eternamente a paz dos nossos dias de paz. Aqueles em que sinto o meu corpo todo tremer com um beijo seu. Aqueles em que me vejo refletida no verde dos seus olhos tão sinceros. Aqueles em que eu recosto no seu peito, e durmo ouvindo as batidas do seu coração. Será que é pedir muito? Como é difícil amar, seu moço... Será que é sempre assim: doido, doído?
às 21:45
sexta-feira, 13 de maio de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
eterna distância
A vida que insiste em ser vida, quando meu corpo se tornou uma sala de espera.
A vida que exige que eu tome decisões práticas.
As contas. O trabalho que paga as contas.
A viagem. O trabalho que paga a viagem e as contas.
A poeira que se acumula; a ferrugem que entranha; o corpo, sala de espera.
Os dias que são mais desafios do que triunfos. Acordar...
Essa luz que me agarra com seus braços invisíveis de luz.
Essa luz que me obriga a ser.
Não tenho opção. Abandono o meu querer de criança.
Enquanto, diante dos seus olhos, a estrada se abre.
A estrada que te leva......
E que me faz ser menos, quando você é tanto.
(Daniela Lima)
sábado, 9 de abril de 2011
Do caminho que te apresento
Não quero mais ser apenas a mulher fatal, aquela que desatina juízos, desarruma os lençóis e transforma a tua vida num redemoinho doce. Quero ser também a tranqüilidade das tardes sonolentas depois do almoço, a fluidez das horas ociosas. Quero ser canto, colo, aconchego, rotina e abrigo de paredes concretas. E uma ponte para o exterior quando a madrugada inquieta...Quero permanecer mais do que estar, sem me preocupar pra que direção o vento levará teus desassossegos.
Mas, deste caminho que te apresento, faço do convite esta certeza de mãos dadas só no início... Pois há algo que mesmo quem teme , ignora: é possível que a estrada seja engolida: pelas águas, pelo cansaço, pelo desperdício das horas, pelos indícios.
Não acredito mais na idéia de amor romântico, por isso, perdoa se te transformei no homem da minha vida, eu deveria ter deixado que você se tornasse por mérito próprio.
E se percebo que não há garantias é porque nunca as tive: nem nas ausências, nem durante a mais intensa companhia. E destes gritos que abrangem um mar inteiro numa breve manhã ou numa tarde sem carícias, me desvencilho. Quero saber que você existe, que já esteve em mim e comigo, mas que é tão livre para ser quanto eu sou. E que esteja e seja matéria ou substância etérea sem me machucar com tua existência sólida. Não quero que nada sobre você me pese nos dias e nem que a saudade me faça acordar com o olhar mais triste que já tive. Quero saber-te pleno e estar feliz por isto, seja lá qual for o motivo. Quero saber-me plena e casada com o amor, mesmo que você já não seja mais o foco. Há muito alvoroço de mar em mim, deixa que eu viva e escreva por esta Natureza. (Nasci explícita para que ningúem me guarde num segredo.) Sou permanência e transitoriedade. Sou reminiscência e novidade. E sei e sinto e vejo mais do que gostaria.
E, se isto me orienta, também me angustia.
Você sabe, às vezes me falta destreza.
E para que não seja sempre assim tão ácido,
Não sejamos nós,
Antes, sejamos laços:
Desses que se atam e desatam com delicadeza.
(Eu amo esse texto!)
domingo, 13 de março de 2011
- Adeus você -
Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá. Estou levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar. Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Quero ver você maior, meu bem. Pra que minha vida siga adiante. Adeus você. Não venha mais me negacear. Seu choro não me faz desistir, seu riso não me faz reclinar. Acalma esta tormenta e se agüenta, que eu vou pro meu lugar.
É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também, Para que minha vida siga adiante.
sexta-feira, 11 de março de 2011
"Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz"
quarta-feira, 9 de março de 2011
Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris. Caminharíamos pela beira do Sena, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão.
terça-feira, 1 de março de 2011
"Estranho é que não escolhi. Não consigo precisar o momento em que escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram me arrastando. Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro. Tenho a impressão de que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui. Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer, o problema é que essa coisa talvez dependa de uma outra pessoa para começar a acontecer.
- Toque nela com cuidado - disse Santiago. - Senão ela foge.
- A coisa ou a pessoa?
- As duas."
- Toque nela com cuidado - disse Santiago. - Senão ela foge.
- A coisa ou a pessoa?
- As duas."
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Medo
Dor física. Uma sensação de impotência. Raiva e tristeza. E saudade, de algo que ainda nem acabou. É preciso deixar voar - maldito pensamento que ecoa em sua mente. Ensinar a voar. Deixar voar. Nada é para sempre. Desapego. Desapego. Mas de forma imaginária, seus braços a seguram firme, seus joelhos sangram por arrastarem-se pela calçada irregular, implorando por mais algumas horas em sua companhia. Implorando a um deus em que nunca acreditou para que o tempo pare, para que o resto do planeta exploda. Não. Horas não seriam suficientes. Dias. Meses. Anos. Existe para sempre, mãe? Sim, existe. E acreditando nisso como uma criança, é esse o tempo em que deseja ficar com ela. Sem hora marcada. Sem despedidas tão dolorosas. Um até logo que não ficasse engasgado na garganta. Um abraço que não arrancasse pedaços. Um tchau que não terminasse em soluços desesperados ao dobrar a primeira esquina. É pedir demais, mãe? Apenas abrir os olhos pela manhã e enxergar os dela. Voz. Cheiros. Lágrimas. Sorrisos. Ver crescer, envelhecer, morrer como tudo e todos morrem. Sempre. Para sempre, nem que ele não exista, esse maldito sempre. Nem que seja tudo mentira, uma grande farsa, um engano, as pessoas, os sentimentos, a própria vida. Mas por favor. Pelo amor de qualquer migalha de sentimento verdadeiro que exista nesse mundo. É amor sim, e dói muito. Um beijo e sara, mãe? Que amor egoísta é esse que não sabe deixar partir? Mas não há mais lágrimas. O desespero escondeu-se. Não extravasa em rompantes. Escapa devagarinho, dia após dia. Como uma dor no limite do suportável, que não mata, só maltrata. Gostaria de ficar mais um pouco com você - é o máximo que as palavras conseguiam dizer. "O sol também vai embora, mãe. Mas ele volta." Sim. Claro que sim. Mas e as noites, tão longas, o que fazer com elas? O que fazer para não duvidar que a escuridão tem fim? Quando crescer, passa? Sara? Responda. Porque já cresci e ainda tenho medo.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Uma vida costurar na sua
"Que todo mundo tenha um amor quentinho.
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiiiido do tempo."
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiiiido do tempo."
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
¬¬...
"Aos dezoito anos o homem não sabe nem dizer bom dia a uma mulher. Todo homem deveria nascer com trinta e cinco anos feitos."
#FATO!
teu deserto...
É que acho tão lindo esse seu jeito desamparado de pedir por mim, que poderia ter ficado para sempre te ouvindo e pensando: "Meu Deus, ele se parece tanto comigo, é tão vulnerável, e tem esses olhos verdes mais expressivos que o mundo...".
Mas isso não importa mais.
.
Porque a gente soube ter o coração acelerado, o corpo suado, o beijo molhado, mas nunca soubemos sustentar uma delicadeza.
Porque sempre que eu te encontrei você estava de punhos fechados, a espera de uma cilada, de um desencontro, mas só o que eu queria era o caminho oposto, e ele estava sempre deserto.
Porque acho que você nunca soube receber ternuras.
E defendeu-se até mesmo do amor.
.
Dizia que os caminhos eram muito vagos, que eu fazia planos demais, que esperava demais, que te amava demais.
É.
Você tinha razão.
Só não tinha alegria.
.
Mas isso também não importa mais...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Tudo azul...
se tocar um blues
e eu estiver de azul
como a tarde
me beija o pescoço
me explora o decote
(aos amigos se permitem
certas intimidades)
mas se tocar um tango
dança comigo
beija-me a boca
quem sabe me ama
(que não é de ferro
a amizade)
depois
tomar café com leite
e pão torrado
e seguir sendo amigos
por infinitas outras tardes.
e eu estiver de azul
como a tarde
me beija o pescoço
me explora o decote
(aos amigos se permitem
certas intimidades)
mas se tocar um tango
dança comigo
beija-me a boca
quem sabe me ama
(que não é de ferro
a amizade)
depois
tomar café com leite
e pão torrado
e seguir sendo amigos
por infinitas outras tardes.
(Márcia Maia, in: Um Tolo Desejo de Azul)
domingo, 30 de janeiro de 2011
Foi bem ali, lembra?!...
... nas esquinas do teu mundo
perto das curvas do teu cheiro
e o toque da tua voz
que essas loucas linhas
de meus lábios
quiseram morar.
perto das curvas do teu cheiro
e o toque da tua voz
que essas loucas linhas
de meus lábios
quiseram morar.
Eu sei...
... que a vida é breve, eu sei
que teus versos são moradas
também sei
sei também que quando me olhas
com todos os teus olhos
me diz sempre o exato
a medida certa
e que quando me abraça
são tantos braços que cobrem
que a noite fria nem percebo
e ainda sei que teu sorriso
combina com o meu
e que são sempre mais bonitos
quando juntos estamos
e além de tudo, ainda sei
que quando está ausente
muito do mundo se desfaz
se perde numa saudade
de uma linha do tempo
de um vento que passou
e eu nem vi.
que teus versos são moradas
também sei
sei também que quando me olhas
com todos os teus olhos
me diz sempre o exato
a medida certa
e que quando me abraça
são tantos braços que cobrem
que a noite fria nem percebo
e ainda sei que teu sorriso
combina com o meu
e que são sempre mais bonitos
quando juntos estamos
e além de tudo, ainda sei
que quando está ausente
muito do mundo se desfaz
se perde numa saudade
de uma linha do tempo
de um vento que passou
e eu nem vi.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
De vez em quando...
... gosto de olhar para o amor com olhos obscenos.
Gosto de ver o céu e o inferno se alternando diante dele...
.
Gosto da atração instantânea, dos desejos irrefreáveis, de lábios, virilhas, nuca, pele.
Da intenção do minuto seguinte, da nudez anunciada, de qualquer carinho vago que leve embora todas as reservas.
Faço poesia displicente quando estou assim.
Porque sou romântica, mas antes disso sou mulher.
.
E preciso tanto desse amor que vai vestindo fantasias só prá depois poder rasgá-las em meio a fúria do instante, e despir, prá mim é mais importante do que vestir.
Nua é que sou inteira. Entre suas pernas e seus efeitos....
.
E nos meus arrojos sou tanta coisa, você nem sabe. Sou tanta vontade, sou tempestade, sou um pecado.
Mas diante do amor sou pouca. Sou descompasso, sou estilhaço, sou só um traço...
Solange Maia
Lindo texto!
sábado, 22 de janeiro de 2011
"Sonhei que você sonhava comigo.
Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo."
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ALOHA!
Um beijo a quem vier...
paz, luz.. sempre!
paz, luz.. sempre!