“E agora é tarde, acordo tarde,
do meu lado alguém que eu nem conhecia.
Outra criança adulterada
pelos anos que a pintura escondia...”
(A cruz e a espada- Paulo Ricardo)
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Aos trinta e pouco descobri que me desconheço.
É como se algo em mim, há muito tempo, tivesse parado no tempo, sempre tentando fugir da minha real idade.
É foda assumir, mas sou toda medo.
Medo que me consome durante o dia, e arde à noite, que arrepia.
Medo de criança desamparada, que nunca aprendeu a andar sozinha.
Acendo o meu cigarro sabor cereja, como se quisesse queimar tudo aquilo que me causa dor.
Ausências, angústias, solidão... na minha imaginação vejo tudo virar fumaça.
- Cherry, não adianta! Nesse silêncio noturno ninguém irá te salvar!
Dorme e sonha.
Sonha mais uma vez, que um anjo distraído, ao te ver aí caída, por paixão ou compaixão, irá segurar (firme) a sua mão, e clama:
Sonha mais uma vez, que um anjo distraído, ao te ver aí caída, por paixão ou compaixão, irá segurar (firme) a sua mão, e clama:
- cuida do meu coração!
Quem sabe, um dia, o seu sonho vira realidade?!
às 2:20
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