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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

De vez em quando...


... gosto de olhar para o amor com olhos obscenos.
Gosto de ver o céu e o inferno se alternando diante dele...
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Gosto da atração instantânea, dos desejos irrefreáveis, de lábios, virilhas, nuca, pele.
Da intenção do minuto seguinte, da nudez anunciada, de qualquer carinho vago que leve embora todas as reservas.
Faço poesia displicente quando estou assim.
Porque sou romântica, mas antes disso sou mulher.
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E preciso tanto desse amor que vai vestindo fantasias só prá depois poder rasgá-las em meio a fúria do instante, e despir, prá mim é mais importante do que vestir.
Nua é que sou inteira. Entre suas pernas e seus efeitos....
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E nos meus arrojos sou tanta coisa, você nem sabe. Sou tanta vontade, sou tempestade, sou um pecado.
Mas diante do amor sou pouca. Sou descompasso, sou estilhaço, sou só um traço...

Solange Maia

Lindo texto!

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ALOHA!

Um beijo a quem vier...
paz, luz.. sempre!