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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Aquelas três palavras são ditas demais, elas não são suficiente... 
Se eu deitar aqui, se eu apenas deitar aqui você deitaria comigo e esqueceria o mundo?
Eu preciso da sua graça pra me lembrar de encontrar a minha.
Tudo o que sou, tudo o que sempre fui está aqui em seus olhos perfeitos eles são tudo o que consigo ver...
Eu não sei onde tambem estou confusa sobre o 'como' apenas sei que essas coisas nunca mudarão para nós, Se eu deitar aqui, se eu apenas deitar aqui você deitaria comigo e esqueceria o mundo?

terça-feira, 7 de dezembro de 2010



... E a música dela é nova, é rara, é curta, e quase nunca toca no meu gramofone. Mas é no mesmo tom da minha. Ela parece não saber que cada nota ficou na minha cabeça, como uma partitura escrita pelas paredes da minha casa. Ela parece não querer saber. Mas cá estou eu, sempre falando um pouco demais.

Porra, guria. Porra. Quem te escreveu assim?

terça-feira, 30 de novembro de 2010






'Como pode amar alguém que te causa tanta dor de cabeça, coração, estômago, cotovelo.. Enfim, que te mata. Você é masoquista ou o que?'

medo


"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama.."

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

(L)


E eu falei, contra toda a granada disparada pela minha ansiedade, e a fragilidade, e a insegurança, sobre toda a vontade desenhada pela minha intensidade e a ingenuidade de uma criança: Que é você que eu quero. E eu farei, contra toda a risada e a maldade que minha imbecilidade deixou margem pra desconfiança, contra todo o mau olhado e a inveja de quem não se basta, sobra na irrelevância, pois é você que eu quero! Você consegue me acalmar, e eu falei. Mas tudo que eu disse, talvez, não tivesse mesmo que acontecer..

Mas você é a razão. (:






Nando Reis in: Hoje eu te pedi em casamento ♪

Um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda enquanto seguro aquele maldito emprego de oito horas diárias para poder pagar essa poltrona de couro autêntico onde neste exato momento vossa reverendíssima assenta sua preciosa bunda e essa exótica mesinha de centro em junco indiano que apóia vossos fatigados pés descalços ao fim de mais uma semana de batalhas inúteis, fantasias escapistas, maus orgasmos e crediários atrasados.  (...)

Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica, psicanálise, drogas, acupuntura, suicídio, ioga, dança, natação, Cooper, astrologia, patins, marxismo, candomblé, boate gay, ecologia, sobrou só esse nó no peito,


agora o que faço? não sei...


"Vestem-se como putas para ir as festas - comentou Pérsio. 
- É a moda,que se há de fazer? E fumam baseados infindos, cheiram carreiras bem servidas, dançam punk rock, copiam modelitos new wave, topam qualquer cantada. Trepam em pé, coito anal, coito oral, sexo grupal, masturbação sem culpa. Tão liberais, você não acha? 
Sou do tempo em que cabaço era documento."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"Então o amor e a amizade são isso.
Não prendem,
Não escravizam,
Não apertam,
Não sufocam.




Porque quando vira nó,
já deixou de ser laço."






quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Talvez um dia eu seja uma pessoa mais equilibrada. Dessas que não se abalam tanto com os problemas. Que sabem administrar com inteligência a maioria das situações. Mas, por enquanto, confesso que não consigo. Basta uma coisa dar errado para estragar todas as outras. Um desequilíbrio literal. Imagino meu humor como uma pilha de latas em um corredor de supermercado. Estão todas lá: umas em
cima das outras. Organizadas. Alinhadas. Aí vem uma criança teimosa e tira uma das latas de baixo. A do meio! E, em dois segundos, está tudo no chão. Era impossível que continuassem de pé sem aquela lata.

Ando meio triste. Uma criança teimosa passou por aqui um dia desses e levou o que queria.
Tirou uma lata e foi embora. 
Sei que vou ficar bem. No fim, as coisas sempre se ajeitam. Mas dá um trabalho organizar tudo de novo! Ter de pegar lata por lata e empilhar outra vez... Uma a uma. Bem devagar. Até achar o tal do equilíbrio.


Porque é assim mesmo, amor dói, é lindo e fodido e difícil e maravilhoso e extasiante e cansativo, exaustivo, agônico e longe de feliz para sempre
Muitas vezes será feliz mesmo e seremos iluminados, luzidios, morrendo de tesão e candura, nadando em luxúria infinita, indivisíveis.  
Uma hora o indivisível se divide para que um e um possam ser dois e um.  
Chega uma hora em que tudo que você vai desejar é ficar só, quieto, no silêncio, sem ouvir nada além das vozes na sua cabeça.  
Não é hora de ir embora; É hora de calar e olhar para dentro
Sempre vou entender porque também preciso da solidão, preciso muito. 
Ninguém vive o tempo todo em função do amor senão morre, morre sufocado, morre seco e sem criar, morre obcecado e afogado em frustração. 
Amor comigo, meu Amor, nunca vai ser plácido. 
Os altos serão os mais altos que você jamais imaginou, os baixos eu vou controlar e nunca vou te afundar junto
Não sou água parada, sempre fui turbilhão, um turbilhão incontrolável de coisas desordenadas e esmagadoras e lindas, destrutivas e fecundas, irresistíveis e desumanas, posso ser devotada e incompetente, doce e amarga, categórica e insuportável, carente e fútil, apática e radiante, cada dia um pouco de uma coisa nova e sempre incandescente. 
Essa sou eu. 
Minha alma e tudo que sair de mim será assim e sua vida nunca será entediante. 
Às vezes você vai ter vontade de ir embora.  Às vezes eu também.  Não é fácil. 
O que não pode é se acovardar e fugir, isso não pode, não pode deixar o negrume vencer o que precisa ser argênteo, não adianta ir embora para descobrir que quer voltar de novo e de novo porque um dia eu não vou mais estar aqui. 
Não quero que volte por ser viciado em mim, quero que você fique porque quer. 
Um dia minhas energias terão se esvaído e será o dia do fim.  O Fim. 
Se esse dia chegar – e não quero que chegue, não quero, não quero – vai ser mais uma das minhas mortes. Mas ainda tenho algumas vidas para gastar. Não vou acabar.  Não acabo. 
Provavelmente farei de novo e de novo depois de lidar com o fracasso, depois de chorar muito e não acreditar em nada. 
Me regenero e volto. Eu não vou acabar. Não enquanto acreditar em coragem, certeza e amor sólido
O resto não me derruba. Se derrubar eu já aprendi a cair em pé e voltar a respirar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010



"Nada tenho a ver com
não gostar de mim.
Me aceito impura,
me gosto com pecados,
e há muito me perdoei."
 

terça-feira, 9 de novembro de 2010



"Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava.
Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa feita.
Era ele estar perto de mim, e nada me faltava.
Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia o meu sossego."

Quer me encontrar? rs



Envelhecido em barris de carvalho desde o início dos tempos
Eu sou o gênio da garrafa e você tem direito a três desejos.
Pode dizer o primeiro preu começar
Mas só atendo pedido de quem vira sem babar.

- eu quero salvar a Amazônia, o pulmão do planeta.
Papo furado, meu velho, vê se não me irrita
Tá provado que a Amazônia consome todo ar que fabrica
O máximo que eu posso fazer é te dar uma piscina cheia
de cerveja
(uma piscina de breja)

Jogou um desejo fora, mas ainda tem direito a dois.
Eu sou o gênio da garrafa,
Pense bem pra não se arrepender depois
Pode dizer o segundo, mas muita atenção
Eu só atendo pedido de quem tá com o copo na mão.

-Eu quero que todo mundo vire vegetariano.
Tá louco compadre, não come carne e quer me por no
jejum?
Como é que a gente fica sem picanha, é desumano.
O que eu posso fazer é te dar dois fígados
Pra demorar mais pra ficar bebum.

Você só tem direito a mais um desejo,
Diga logo preu ir pro bar
Eu sou o gênio da garrafa e minha sede não pode
esperar
Pode dizer o terceiro e não adianta insistir
Eu só atendo pedido de quem bebe até cair

-Eu quero que não exista mais álcool e nem fumo.
Tá louco parceiro, entrou pra religião
Sem drink e sem fumaça no mundo eu sumo
De vez em quando todo mundo precisa ficar doidão
 (eu quero ficar doidão)
Agora eu vou. Eu vou, pra dentro da garrafa!

Velhas Virgens- O gênio da garrafa

sábado, 6 de novembro de 2010


Cansada da inquietação do mar, do balanço das ondas, da falta de horizontes....
Eu me atirei a ti!
E teu corpo não foi apenas a praia; 

Foi o país de tranqüilidade a tanto tempo esperado....




(...ilusão)




Você é; 

sempre foi uma pequena ilha de morna areia e traiçoeiros corais
Me causa feridas...
Salva-me...
e desaparece sob a maré cheia...
.

.
.




J.G. de Araújo Jorge modificada por mim.. =)





"Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro doida, ou santa."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010



-Pois hoje eu tenho muito medo de viver a nossa história – ele disse baixinho como se as palavras não quisessem sair...
Mas ao vê-la ali, sentada tão próxima que se podia até sentir o calor que vinha de sua pele, ele sabia que o medo era outro...
Aquela companhia lhe fazia um bem enorme. 
Nesses dias de incertezas, tudo nela eram respostas. Isso o fazia esquecer suas dores por instantes maravilhosos.
Chegara a imaginar o seu futuro ao lado dela, zelando os seus dias, impedindo-o de se perder de si mesmo.
E sofria por ainda se encontrar de corpo e alma em outra história...
Talvez por isso fosse tão difícil entender como aquele sorriso sempre passeara nos seus sonhos.
Mas o mundo girava, girava, girava, e ele sempre acabava na mesma velha história deixando para trás um coração aos cacos...

Ali do outro lado,  com o coração aflito ela sentia frio. Mas continuava ali, imóvel, sem ânimo para enxergar a vida. Nos seus pensamentos só aquele menino de adjetivos tão lindos fazia morada. É que ela era feita de fé. E sempre antes de desacreditar, um milagre acontecia.
-Ele não é lindo? – sempre indagava com os olhos brilhantes e esperançosos, sonhando com aquele amor que não lhe pertencia (ainda).

-Porque o amor deveria ser urgente, seu moço! As pessoas deveriam ignorar os medos e saber viver os instantes.  Soltar as amarras daquilo que já se foi.  Mas as coisas não são tão simples assim, seu moço.. ah, não são!

O tempo passava e ele só queria saber o que dizer a ela, e a ele mesmo... desejava ter uma máquina do tempo que fosse capaz de prever o que o futuro guardava para eles, só assim descobriria o real sentido de tudo que viviam agora. 
O seu coração de menino vivia ansiando pela chegada de algo que ele não sabia o que era... mas viver ansiando era uma forma de continuar batendo. Mesmo sendo destruído aos poucos pela incerteza de um amor que lhe causava extrema dor, ele insistia em esperar...
- Pois é, moça.. meu erro é ansiar por um amor a cada batida do meu coração...
Se perguntassem se o seu desejo era aquele novo amor cheio de novidades ou aquele velho, castigado pelas amarguras do tempo, talvez ele não soubesse dizer...
- Eu só quero um amor que dure para sempre, moça... será que é pedir demais?...

- Ninguém nunca me ensinou a desistir, seu moço.. eu não aconselho isso a você. Faça a sua escolha, saiba que o amor nunca vai ser fácil ou indolor, mas escolha estar onde o amor estiver.
Se acaso me escolher, estarei aqui pronta pra te fazer feliz.
Te cuido, menino.. te ponho no colo... faço de mim o seu abrigo.
Seremos amor, confia em mim? Confia em mim!
Aliás, somos amor.
Somos amor...



(inspirada nas minhas estrelinhas...)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


E então, a dona do potinho me faz ter plena certeza de que ela independente de qualquer coisa ainda é uma menina.
Uma criança que brinca de balanço tentando esquecer suas dores...
Alguém que deseja que o que te machuca acompanhe o vento a cada subir do seu balanço.
Consegui descobrir que ela pode ser inúmeras mulheres em apenas uma.
Todas elas me encantam de forma inexplicável, de forma avassaladora.
E isso mexe comigo de um jeito quase que incontrolável.
Ver-te assim, carinhosa, dengosa, e fazendo manha pra conseguir tudo o que quer me deixa cada vez mais vulnerável a você.
Se você soubesse menina, que eu estou disposta a cuidar de você e tentar sanar todas as suas dores...
Ah, se você soubesse...
Viria correndo pros meus braços e se permitiria adormecer em meu colo enquanto te faço um cafuné e conto uma ou duas historias pra dormir.



Raísa Borges

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Duas taças e as linhas do teu corpo
e o sorriso envolvido em timidez
os meus olhos dançando no conforto
da tua pele vestida de nudez

Qual um barco que aos poucos toca o porto
minhas mãos buscam, lentas, tua tez
coração insistente de anjo torto
rascunhando arco-iris outra vez

Mas a dor da saudade que me guia
tem a graça de uma eterna presença
que independe de força, regra ou crença

Mas é dor que só causa-me alegria
porque ainda que seja à revelia
só amar-te já é a recompensa..

Revirei-me na cama a procura de uma solução pra tanta dor, tanta lagrima, tanta saudade.

Procurei todos os meus registros ao seu lado e não descobri nenhum motivo plausível para tamanho sofrimento.

Alias, encontrei um.

O amor...

Não o meu por você ou o seu por mim, mas sim o seu por uma terceira pessoa que é completamente recíproco.

E então eu me pergunto onde tudo isso vai parar?

Quando minha dor de não ter sido capaz de te ter vai acabar?

Quando o tempo resolverá ser bonzinho comigo e levar de mim tudo o que me faz sentir dor?

Eu espero que isso aconteça em breve, pois a única coisa que eu posso fazer é entregar todos os meus sentimentos, toda a minha saudade e todas as minhas lembranças ao tempo.

Eu sempre escutei: “Coloque fogo em tudo o que lhe causa dor!”

Essa idéia me deixou completamente tentada a colocá-la em pratica, pois quem sabe assim eu conseguiria respirar mais aliviada, dormir mais tranqüila e deixar o dia passar sem muitas lembranças.

Então eu paro, repenso e descubro que não. Eu não posso colocar fogo em absolutamente nada;

Jamais faria isso com você, com seus beijos, com seu perfume, com seu sorriso, com seus carinhos e com tudo aquilo que um dia foi meu e que por falta de tê-los pra mim hoje me causa dor. Muita dor

É menina, minha única saída é permanecer aqui, de braços cruzados a espera do bendito tempo.

Quem sabe ele chega logo e leva com ele a saudade que você deixou ao partir...


(Raísa Borges in: 'Eu te amo como quem esquece tudo diante de um beijo'.. )

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Fica comigo.
Divide seus silêncios, suas ausências, seus desesperos.
Conta as horas, janta comigo.
Não fuja de mim. Fuja comigo.
Olhe pra mim, olhe comigo!


Outra vez faço um vasculho em minhas insanidades, à espera de um final para os sonhos. Mas, tem instantes que minha amnésia manifesta-se. Ai, mergulho no vácuo criado pela ilusão e alimentado por esses instantes de ausência de sensatez , que hora por outra me acomete. Me perco completamente, entre o sonho, vontades e os infinitos motivos e razões para não querer. De repente, um lampejo, um reflexo, um raio incandescente de razão se mostra, e aos poucos vou recobrando a consciência e o real sentido das coisas.



_ onde vou continuar à procura de uma forma definitiva de lacre, onde não dê mais chances para a loucura fazer a festa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Olhe o mundo!



"Ela também teve seu coração machucado.
Dilacerado, imagino.
Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa.
Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios.
Sim, amei sem limites.
Dei meu coração de bandeja.
Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim.
Mas tudo está bem agora, eu digo: agora.
Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz.
Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas.
Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor.
Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares.
Tantas frases e livros e sentidos.
Tantas pessoas novas. Indo. Vindo.
Tenho só um mundo pela frente.
E olhe pra ele. Olhe o mundo!
É tão pequeno diante de tudo o que sinto.
Sofrer dói. Dói e não é pouco.
Mas faz um bem danado depois que passa.
Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida.
Nunca.
Mas agora, com sua licença.
Não dá mais para ocupar o mesmo espaço.
Meu tempo não se mede em relógios.

E a vida lá fora, me chama!"


Fernanda Mello

terça-feira, 12 de outubro de 2010


pendura o coração ao sol, menina
que é de luz que se alimenta
esse músculo que estica e rasga e se arrebenta
sangra, arde, dói, mas não aguenta
bater sem cor, sem lágrima,
sem céu, sem nuvem, sem vento
levanta o olhar e vê
e, quando você menos perceber,

tum tum tum tum tum tum tum

ele vive.


(André Gonçalves, in: Coisas de Amor Largadas na Noite)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010



você não vale um poema. um verso. a rima imperfeita. uma letra para a melodia repetida no silêncio. não vale. você não vale a madrugada perdida. o amanhecer no sofá. a febre. o vômito. o grito. uma foto rasgada. um diário queimado. os cabides quebrados. não vale. você não vale o corte riscando o pulso. um punhado de remédios. os discos tristes. um solo de sax. a mão por horas sobre o telefone. a espera. um carro no poste. um soco na parede. o vaso jogado no chão, você não vale. não vale um espelho trincado. o copo atirado. o gemido atravessando a cidade. o palavrão. não. você não vale o tempo perdido. a teimosia da busca. mas eu lhe procuro. ainda. eu escrevo versos. faço poemas. eu amanheço na febre. acelero contra o muro. ouço discos riscados. engulo comprimidos em punhados. eu vomito. você não sabe, não imagina. mas eu não aprendi. eu ainda faço tudo por alguém que não vale nada.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


”... Falo assim sem saudade
Falo assim por saber
Se muito vale o já feito
Mais vale o que será
Mais vale o que será
E o que foi feito é preciso conhecer
Para melhor prosseguir...
Falo assim sem tristeza
Falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
Que mais podemos crescer
Nós iremos crescer
Outros outubros virão...
outras manhãs...
Plenas de sol e de luz...”

Os dias estão passando com uma extrema rapidez e eu ainda não consegui descobrir em quem eu me tornei.
Todas as minhas forças se esgotaram de uma forma impressionante;
Voltei a viver tudo o que estava decretado por mim mesmo que não seria permitido;
Eu não ia me envolver ou até mesmo me apaixonar novamente.
Minha vida seria livre e meus relacionamentos seriam apenas por sexo!
E eis que me aparece alguém, um alguém encantador com um cheiro inexplicável e belos fios de cabelos dourados como o sol em pleno verão e então eu consigo esquecer tudo e me envolver, e me deixar levar por um ser que mais parece uma criação divina.
O único problema é que eu não fui capaz de me lembrar que esta criatura com ar de criação divina não passava de uma mulher que possui uma enorme facilidade de pisar em mim e dilacerar alguém que passou a ser tão puro e indefeso.
E para que eu me torne um alvo tão fácil não é necessário muito esforço.
É preciso apenas que ela passe com seu jeito manso e carinho abrindo um leve sorriso pra mim.
Este pequeno gesto me faz perder a cabeça e as esperanças;
Esperança de que tudo volte a ser normal, esperança de que essa "criação divina" decida se sou merecedor do seu amor ou se permanecerei aqui, sentindo essa dor por não ter sido capaz de amá-la.
por Rah Borges
(dia 15/07/10 as 21h50)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sem falsa passagem do tempo que nada muda...


É primavera... Desprende de mim a tua imagem.
Devolve o meu sorriso!
Sem nenhuma melancolia no seu reflexo.
Sem palavra escrita por essas mãos cansadas e vazias. Falange a falange as palavras escorregam como areia temporal.
Sem olhos constantemente chorosos.
Sem cartas que nunca serão enviadas.
Sem silêncio descrito em palavras sem letras.
Sem pele marcada pela cicatriz da indiferença.
Sem esse mundo monocromático.
Sem manchas de luz.
Sem desespero cavado no fundo da alma.
Sem contato furtivo entre nós.
Sem horas sempre enevoadas .
Sem coração mutilado.
Sem sarcasmo protetor engatilhado.
Sem falsa passagem de tempo que nada muda.
Sem nada.
Sem absolutamente tudo.
É primavera, desprende de mim a tua imagem.
Mesmo que depois disso o sol não passe de um destroço.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada

A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu...
E o que você quer?
Orientação?

Eu tranco a porta pra todos os gritos
E o silêncio também está lá fora
Agora a porta está trancada
Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
E deixo as portas abertas.. ♫

Ana Carolina

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Encontro




"... Havia algo que delatava o desejo, os quarteirões da gente todos iluminados com o fogo feliz da sensualidade, iluminadas as ruas todas que dão acesso ao lugar onde o corpo e a alma costumam se encontrar e dançar numa única canção.
Havia algo que não podia ser negado, preterido, amordaçado. Algo que inaugura primavera, tanto faz se é inverno.
Algo raro e precioso.
Que é perfeito, ao mesmo tempo que consegue incluir todas as imperfeições.
Que é lindo, ao mesmo tempo que consegue integrar as esquisitices todas que gente também tem.
Havia amor e, de um jeito ou de outro, sabíamos sem nos dizer, havia chegado pra ficar.

O amor quando é amor é amor."

sábado, 11 de setembro de 2010


Eu faço samba e amor até mais tar......de
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade que ar.......de
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se a.........ma
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama - reclama]
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da benvinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade - que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito samba de manhã.
Chico Buarque- adoorooo!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010



Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.

Eu ainda prefiro o meu coração partido.


Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


"Não me abre esse sorriso, que o resto do juízo que me sobra vou PERDER!"
"Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei.
(…) É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz."

das minhas falhas...



'Eu causo nas pessoas um tipo de enjôo com meu jeito, com minha carência, com minha ânsia por atenção. Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.'



Cazuza.


terça-feira, 31 de agosto de 2010

Novo cais...


"Calma. Foi só mais um sonho.
É que foi tão bom recordar.
Que quando meus olhos abri, fiz questão de inventar.
Que tudo aconteceu.
Que você veio mesmo me falar que percebeu que não dava mais pra me negar.
Que nada. Eu sei que ninguém vai voltar.
E o que cada um escolheu. Seu passo na vida a trilhar.

Então por que é que você não me solta de vez?
Por que ainda insiste em me guardar se já levou o seu barco para outro mar?
Vai, me solta logo, de uma vez.
Ah, é que eu queria navegar.
Ah, seguir a correnteza além de você e esperar chegar noutro cais.

Palmas. Já que a peça acabou.
Mas é que a cortina ficou aberta, alguém esqueceu.
E o palco fica lá. Esperando nós dois.
E não adianta a platéia esperar o que já não se escreve mais sobre nós.

Nunca. Acho que não dá pra largar.
Parece que vai ficar.
Que nem marca de injeção. Marca de cicatriz.
Então vou te guardar num pedaço de mim.
Ser feliz mesmo assim.
Com o que falta em você e você com o que falta em mim.
E olha aí o pra sempre que a gente sempre quis [!!]

Vai, me solta logo, de uma vez.
Ah, é que eu queria navegar.
Ah, seguir a correnteza além de você e esperar chegar novo cais.
Novo cais…."


Caio Bars

domingo, 29 de agosto de 2010




... Não me deixe esperando,
tenho pressa.
Bocas ensandecidas,
deixam meu corpo em ebulição.
Minha mente ferve os meus sentidos.
Quero te ver...
Em verdade, preciso.
... possuir-te
Deslizar minhas mãos em teu corpo,
a língua no pescoço, ao redor da nuca,
te deixando em devaneios,
lamber-te os mais doces recantos,
enlouquecer-te de pouco em pouco.
Caricias constantes,
estremeço, enlouqueço...
São mãos que exploram.

Estou em você,
num leito imaginário, em algum ponto do infinito,
sentindo meu corpo desfalecer
.



Michelle Sobral
in "Desejo Urgente"

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

vc não teme?


não tem medo que eu descubra suas rotas, seus caminhos nunca antes percorridos?
que eu descubra quais os beijos que você gosta quando sente tais prazeres proibidos?

não teme que a vontade que aqui brota, quando inventa seus gracejos atrevidos, salte sobre tua carne tão exposta tatuada como mapa pra libido?

e não teme que minhas mãos não obedeçam nada que não seja meu querer mais imediato?
e que meus lábios te encontrem desarmada?

não tem medo que meu mais doce pecado faça festa, e deixe em ti vontade ardente de então ser tocada assim eternamente?


[ricardo]

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

recomeçar


... quero um novo começo
com outros ares,
novas percepções.
.. quero um não-você!

Do Amor Perdido...


Os dias repetiam-se,
e nascia a certeza de que não haveria esperança para eles....

a escolha havia sido feita...
(estavam agora distantes)....

permeavam os dias com cartas apaixonadas que nunca eram enviadas,
noites de canções tristes,
dias cheios de lembranças e vestígios.

ela afundava em dias cinzas...
ele sofria e transformava tudo em lagrimas, que secavam por dentro.....




alternavam suas vidas entre a mais falsa euforia e a mais profunda melancolia...

O que só vc conseguia ver...


Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.

[Padre Fábio de Melo]

Benção..


Deus mudou o teu caminho até juntares com o meu e guardou a tua vida separando-a para mim. Para onde fores, irei; onde tu repousares, repousarei. Teu Deus será o meu Deus. Teu caminho o meu será.” (Rute 1:16,17)

Da Certeza...


Ela me dava a mão e nada mais faltava.
Bastava para que eu me sentisse bem acolhido.
Mais que beijá-la, mais que dormimos juntos,
mais do que qualquer outra coisa,
ela me dava a mão e isso era amor.


Mario Benedetti,
in "A trégua

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Morango com chocolate *.*


"Te vejo em minha retina, diariamente.......
Existe uma singela certeza q'eu vou amar eternamente.....

Me trazem lindas lembranças,
de como 'brincamos' feito crianças....

E me remeto a sensações deliciosas sem nenhuma cautela......
lembrando dela, arrancando a fivela
colocando seu pijaminha de Cinderela,

Sentindo seu cheiro e seu calor,
Cada dia estou mais louca de amor....
Algo em vc me diz,
que ao seu lado serei feliz.

Como minh´alma sorria,
e a todo instante te queria
Mesmo enquanto você dormia...
A Cinderela que o meu coração pedia!
Mas, quem diria...
Eu nem sabia, como essa poesia terminaria."


Milena Oliveira


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domingo, 15 de agosto de 2010

Eu Posso Ouvir..


O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta,
não há e-mails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica

e mesmo assim, você entende a mensagem.




Martha Medeiros

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fique!




(...)
esses são seus dias de não ir embora...
Fique.
O dia não será suficiente!
Fique.
Esqueça dos medos e do "escuro".
Fique!
Fique!
Gosto da sua companhia...
dos segundos onde uma única palavra de ternura reconstrói o espírito e apaga a mágoa,


[tudo com uma rapidez inexplicável...]


Lila



há muito, eu erro o dose...



Porque, há muito, eu erro a mão, a dose.
Esqueço a receita do equilíbrio, o quanto uso das partes que brigam dentro de mim.
Há muito, eu me confundo, porque metade não tem medo e levanta os braços, na descida da montanha-russa, olhos abertos, enquanto outra acha melhor enfrentar a queda com as mãos na barra, segurando forte, espremendo os dois olhos, fechados, desde o começo do percurso.
Metade prefere brincar na beira da praia, no raso, enquanto outra não vê problemas em pular dezenas de ondas e nadar onde a pequena bandeira vermelha, agitada pelo vento, avisa sobre o risco de possível afogamento.
Porque, há muito, eu erro a receita do equilíbrio.
Uso a parte que não deveria na hora em que não poderia
.
Me confundo com as metades que brigam dentro de mim.
Porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada, pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa seta torta, avisando sobre o perigo.
Metade não suporta a burrice, a pequenez, a lerdeza, outra sempre calada, tolera a banalidade, engole a ignorância, convive com a mediocridade.
Há muito, eu erro a mão, a dose.
Me confundo com o que devo usar.
Porque metade briga, explode, dedo apontado na cara, enquanto outra se recolhe, quieta, debaixo da cama.
No quarto fechado, no tudo escuro, metade berra, outra sussurra.
Tenho uma parte que acredita em finais felizes, em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado.
Tenho uma metade que mente, trai, engana, outra que só conhece a verdade.
Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés, outra que sobrevive sozinha.
Metade auto-suficiente.
Mas, há muito, eu erro a mão, a dose.
Esqueço a receita do equilíbrio. Me perco.
Há dias em que uso a metade que não poderia.
Dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria
.
Porque elas brigam dentro de mim, as metades.
Há algumas mais fortes, outras ferozes.
Há partes quase indomáveis.
Metades que me fazem sofrer nessa luta diária, no não deixar que uma mate a outra.



Eduardo Baszczyn











sábado, 7 de agosto de 2010




... Não é covardia ou falta de intenção,
mas às vezes é melhor limitar-se à admiração.
Do contrário quebra-se a cara
e se perde amor,
paixão,
atração.
Quero não.
Lalo Oliveira

ALOHA!

Um beijo a quem vier...
paz, luz.. sempre!