
pendura o coração ao sol, menina
que é de luz que se alimenta
esse músculo que estica e rasga e se arrebenta
sangra, arde, dói, mas não aguenta
bater sem cor, sem lágrima,
sem céu, sem nuvem, sem vento
levanta o olhar e vê
e, quando você menos perceber,
tum tum tum tum tum tum tum
ele vive.
(André Gonçalves, in: Coisas de Amor Largadas na Noite)
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