Se eu contasse dos meus medos, ninguém me entenderia.
Porque as minhas mãos esfriam e a minha força se esvaiPorque a minha voz não sai e as palavras fogem da mente
E sem reação a minha razão parece incoerente
Acusações, mentiras, desconfianças, exposição e.... ÓDIO.
E as nossas juras de amor eterno, para onde fugiram?
Será que foram imaginárias?
Por tanto tempo ensaiei para chegar a ti, tudo milimetricamente.
Seria a pessoa mais feliz quando isso acontecesse
Tantos desencontros, resistência e pouco interesse emanavam de ti
Mas enfim, insisti...
Alguma coisa na minha alma não me desligava de você
Era uma força maior que eu, uma (quase) certeza de que eu deveria persistir
E então, um dia, você, por carência ou acaso,
Resolveu me dar uma chance...
Achei que ali eu permaneceria para sempre.
Ilusão...
Coração machucado por tanto desprezo, foi tão resistente... ou será que lhe faltou amor próprio?
Tanta falta de certeza, tanto medo, tanta cautela
Mil âncoras, meia vela, muita inércia e pouco passo
Porque eu sou um fracasso quando você está por perto...
Tarde da noite e eu ainda anseio que enfim regresse
Trazendo de volta o meu corpo para que eu possa morrer em paz.