segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Medo
Dor física. Uma sensação de impotência. Raiva e tristeza. E saudade, de algo que ainda nem acabou. É preciso deixar voar - maldito pensamento que ecoa em sua mente. Ensinar a voar. Deixar voar. Nada é para sempre. Desapego. Desapego. Mas de forma imaginária, seus braços a seguram firme, seus joelhos sangram por arrastarem-se pela calçada irregular, implorando por mais algumas horas em sua companhia. Implorando a um deus em que nunca acreditou para que o tempo pare, para que o resto do planeta exploda. Não. Horas não seriam suficientes. Dias. Meses. Anos. Existe para sempre, mãe? Sim, existe. E acreditando nisso como uma criança, é esse o tempo em que deseja ficar com ela. Sem hora marcada. Sem despedidas tão dolorosas. Um até logo que não ficasse engasgado na garganta. Um abraço que não arrancasse pedaços. Um tchau que não terminasse em soluços desesperados ao dobrar a primeira esquina. É pedir demais, mãe? Apenas abrir os olhos pela manhã e enxergar os dela. Voz. Cheiros. Lágrimas. Sorrisos. Ver crescer, envelhecer, morrer como tudo e todos morrem. Sempre. Para sempre, nem que ele não exista, esse maldito sempre. Nem que seja tudo mentira, uma grande farsa, um engano, as pessoas, os sentimentos, a própria vida. Mas por favor. Pelo amor de qualquer migalha de sentimento verdadeiro que exista nesse mundo. É amor sim, e dói muito. Um beijo e sara, mãe? Que amor egoísta é esse que não sabe deixar partir? Mas não há mais lágrimas. O desespero escondeu-se. Não extravasa em rompantes. Escapa devagarinho, dia após dia. Como uma dor no limite do suportável, que não mata, só maltrata. Gostaria de ficar mais um pouco com você - é o máximo que as palavras conseguiam dizer. "O sol também vai embora, mãe. Mas ele volta." Sim. Claro que sim. Mas e as noites, tão longas, o que fazer com elas? O que fazer para não duvidar que a escuridão tem fim? Quando crescer, passa? Sara? Responda. Porque já cresci e ainda tenho medo.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Uma vida costurar na sua
"Que todo mundo tenha um amor quentinho.
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiiiido do tempo."
Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar.
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
Janela acesa em noite escura.
Cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiiiido do tempo."
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
¬¬...
"Aos dezoito anos o homem não sabe nem dizer bom dia a uma mulher. Todo homem deveria nascer com trinta e cinco anos feitos."
#FATO!
teu deserto...
É que acho tão lindo esse seu jeito desamparado de pedir por mim, que poderia ter ficado para sempre te ouvindo e pensando: "Meu Deus, ele se parece tanto comigo, é tão vulnerável, e tem esses olhos verdes mais expressivos que o mundo...".
Mas isso não importa mais.
.
Porque a gente soube ter o coração acelerado, o corpo suado, o beijo molhado, mas nunca soubemos sustentar uma delicadeza.
Porque sempre que eu te encontrei você estava de punhos fechados, a espera de uma cilada, de um desencontro, mas só o que eu queria era o caminho oposto, e ele estava sempre deserto.
Porque acho que você nunca soube receber ternuras.
E defendeu-se até mesmo do amor.
.
Dizia que os caminhos eram muito vagos, que eu fazia planos demais, que esperava demais, que te amava demais.
É.
Você tinha razão.
Só não tinha alegria.
.
Mas isso também não importa mais...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Tudo azul...
se tocar um blues
e eu estiver de azul
como a tarde
me beija o pescoço
me explora o decote
(aos amigos se permitem
certas intimidades)
mas se tocar um tango
dança comigo
beija-me a boca
quem sabe me ama
(que não é de ferro
a amizade)
depois
tomar café com leite
e pão torrado
e seguir sendo amigos
por infinitas outras tardes.
e eu estiver de azul
como a tarde
me beija o pescoço
me explora o decote
(aos amigos se permitem
certas intimidades)
mas se tocar um tango
dança comigo
beija-me a boca
quem sabe me ama
(que não é de ferro
a amizade)
depois
tomar café com leite
e pão torrado
e seguir sendo amigos
por infinitas outras tardes.
(Márcia Maia, in: Um Tolo Desejo de Azul)
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ALOHA!
Um beijo a quem vier...
paz, luz.. sempre!
paz, luz.. sempre!